Pedro Demo

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BIOGRAFIA






Quem é Pedro Demo?


Pedro Demo nasceu em Pedras Grandes, Santa Catarina em 1941, de pais agricultores (viticultores), onde fez a escola primária. Com nove anos entrou no Seminario dos Franciscanos em Rodeio, SC, e depois em Rio Negro, PR, para, a seguir, cursar até ao segundo grau em Agudos, SP (até 1960). tem formação básica em teologia e filosofia e doutorado em sociologia pela Universidade de Saarbrucken, na Alemanha. Professor titular da Universidade de Brasília tem atuação acadêmica destacada na política social e na metodologia científica. Ultimamente, vem dedicando-se especialmente à educação contemplada sob a ótica do desenvolvimento. Conferencista e consultor publicou mais de trinta livros, dentre eles, pela Editora Vozes, Petropólis, RJ: Cidadania Menor, 1992; Desafios Modernos da Educação, 6ª ed., 1997; Conhecimento Moderno, 1997; Questões para a Teleducação, 1998.

Algumas obras do autor Pedro Demo




Escola, Ensino e Aprendizagem


Segundo Pedro Demo a escola sugere um trabalho de desenvolvimento, embora exista resistência por parte de alguns educadores, nota-se a importância de conscientização de alguns docentes para uma completa admissão do lúdico nas aulas e influenciando numa infância bem vivida em termos lúdicos que reflete positivamente ao longo da existência do sujeito. Desta forma, investir em recursos, metodologias e estratégias de ensino de caráter lúdico tais como: jogos, brincadeiras, teatro, representações etc. estimulando um aprendizado prazeroso, além de não incidir em custos e ser acessíveis às escolas públicas. A escola deve possuir diversos instrumentos de avaliações que sirvam de suportes para desenvolver as propostas e práticas pedagógicas onde os alunos são considerados sujeitos ativos e o conhecimento não é transmitido, mas sim construído. Para Pedro Demo:

“...o papel da escola torna-se ainda mais específico, ultrapassando a figura da complementação da família, ou da sociedade de normas e valores, para assumir a condição de lugar da formação de um tipo essencial de competência frente à formação da cidadania e frente às mudanças na sociedade e na economia. A escola tenderá torna-se instância estratégica em termo de qualificação das mudanças estruturais qualitativas e universais, para assegurar a todos a mesma oportunidade de desenvolvimento”.(DEMO,1993:244)

Pedro Demo ressalta que a escola está distante dos desafios do século XX, pois os discentes da atualidade que serão lançados para o mercado de trabalho serão obrigados a manusear computadores, mas a maioria das  instituiçoes de ensino não usam. Algumas crianças já possui acesso as tecnologia e com isso se desenvolvem de  formas diferentes, elas gostam menos ainda da escola tradicional, porque acreditam que aprendem melhor usando a internet. As novas alfabetizações estão entrando em cena, e o Brasil não está dando muita importância para isso e estamos paralisados no processo do ler, escrever e contar. Na escola, a criança escreve porque tem que copiar do quadro. Na internet, escreve porque quer interagir com o mundo buscando novos horizontes buscando por fim uma linguagem do século XXI “tecnologia, internet” que aceita uma forma de conhecimento diferenciado e inovador. Logo a escola precisa mudar para acompanhar o ritmo dos alunos, não que a escola esteja em risco de extinção, mas nós temos que mudar a escola para que ela se situe nas tendências do século XXI, e é aí que temos que fazer uma grande mudança, para ele essa grande mudança começa com o professor, ou seja, cuidando do professor, porque todas essas mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor e ele é a figura fundamental. O professor é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal, ser professor não é simplesmente dar aulas, não é instruir, é cuidar que o aluno aprenda. Partir do aluno, da linguagem dele, e cuidar dele, não dar aulas. Pedro Demo afirma que:

“Para atingir patamares aceitáveis de qualidade educativa da população é estratégia primordial resolver a questão dos professores. A questão dos professores é complexa, incluindo pelo menos dois planos mais relevantes: valorização profissional e competência técnica. O problema é de qualidade formal e política.” (DEMO,1993 pg.87)

Nesta concepção a educação popular tão desejada está muito longe de ser concretizada, sendo uma ação incitada pela politica de educação e desta maneira o educador tem a ideia de está sendo apoiado pelas politicas em projetos, mobilizando a educação no seu âmbito escolar, entretanto, não consegue esse apoio na comunidade. Pedro Demo acredita que o papel da escola torna-se ainda mais específico,  ultrapassando a figura da complementação da família, ou da sociedade de normas e valores, para assumir a condição de lugar da formação de um tipo essencial de competência frente à formação da cidadania e frente às mudanças na sociedade e na economia. A escola torna-se instância estratégica em termo de qualificação das mudanças estruturais qualitativas e universais, para assegurar a todos a mesma oportunidade de desenvolvimento. (DEMO, 1993:244) Pedro Demo assegura que o ensino aprendizagem, só acontece se houver a qualidade de ensino, e para que isso ocorra é necessário ser avaliado em diversos olhares entre educadores, e o mais importante é que se faça uma imagem propícia da educação primária no que diz respeito à qualidade de ensino na educação, contando com o apoio do educador, entretanto, a escola deve conservar a sua autonomia diante dos discentes e docentes, realizando um trabalho onde todos os sujeitos possam interagir dentro ou fora do ambiente escolar, sendo assim um trabalho produtivo e qualitativo no processo de ensino e aprendizagem. Demo afirma que:


“A aprendizagem supõe pelo menos dois componentes interligados: o primeiro, é o esforço reconstrutivo pessoal do aluno; o segundo, é uma ambiência humana favorável, onde se destaca o papel maiêutico do professor”.(DEMO, p.167).


 Não esquecendo que o papel da escola é o principal, logo ela deve preparar maneiras de incentivar a inteligência do aluno desenvolvendo suas capacidades, promovendo meios pedagógicos aos docentes, que são os guias das novas estratégicas de aprendizagem que precisa ser ativa, construída pelo educando a partir da sua interação com os conteúdos socioculturais promovendo um ensino ativo, pois, ele se forma dentro das interações que nos ocorrem em diversos contextos sociais. A sala de aula deve ser considerada um lugar privilegiado da sistematização do conhecimento e o professor um articulador na construção do saber e que tudo que se quer de um aluno é que ele saiba pensar e ao mesmo tempo seja a imagem e semelhança do seu professor. Entretanto ao longo dos anos os professores em sua formação não são incentivados a pensar, pesquisar e elaborar, ou seja, durante a sua formação só assistem aulas e fazem provas. Quando esses docentes vão dar aulas, fazem a mesma coisa, tornando assim um ciclo vicioso. Sendo assim os professores fingem que dão aula e os alunos fingem que aprendem, atrapalhando o hábito de pensar. Sendo assim Demo acredita que a pesquisa é um item fundamental para o aprendizado tanto do educador como do aluno, pois, se quisermos alunos que estudem bem, precisamos inventar professores que estudem bem também. E que esses docentes deverão “usar e abusar” das novas tecnologias para tornar o estudo mais prazeroso e menos chato, mesmo que exija o mesmo esforço e dedicação do costume convencional, uma vez que com essas novas tecnologias pode-se encarar o estudo de uma forma mais ampla. Na contemporaneidade, o docente deve ser um pesquisador, que assume um acordo com o questionamento reconstrutivo a fim de ir além de uma simples socialização do conhecimento educativo, emitindo com prioridade à competência renovada do professor, que pode encontrar em outros expedientes subsídios de peso, tais como: a adequação física dos prédios, apoios didáticos e assistenciais, instrumentações eletrônicas. (DEMO, 1993: 245). Portanto, o educador é o mediador do conhecimento e a sociedade cobra e exige competência com a finalidade da qualidade de ensino. Segundo Demo para que o ensino aconteça não importa que uma atividade esteja categorizada como "tradicional" ou "inovadora", o importante são as propostas de trabalho reunidas sob determinadas condições a partir dos problemas formulados pelo uso da escrita, contemplar diferentes procedimentos, admitir diferentes respostas, gerar alguma aprendizagem a respeito do sistema pedagógico em todos os membros do grupo, favorecer o debate e a circulação de informações, garantir a interação entre os membros, propiciar uma crescente autonomia na busca de informação. Demo ressalta a interdisciplinaridade como eficaz ao sucesso do ensino e da aprendizagem e o zelo com os educandos, para que estes não percam a uma dupla oportunidade: acesso à qualidade formal, quando não aprendem a aprender; acesso à qualidade política, quando não recebem motivação para a politicidade do curso. Pois aí não se forma nem o profissional, nem o cidadão. Diante desta temática se observa aspectos importantíssimos no processo ensino aprendizagem que é o da relação construída entre professor e aluno, e por isso que é imprescindível à presença do professor, enquanto elo no processo ensino aprendizagem, na direção de uma consciência de cidadania.



Referencias Bibliográficas

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Disponível em:<http://www.webartigos.com Acesso em:> 24/04/2012.
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Disponível em:< http://www.cafecomsociologia.com Acesso em:> 24/04/2012.
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Disponível em:< http://pedrodemo.sites.uol.com.br/ Acesso em:> 24/04/2012.
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Disponível em: <http://www.ebah.com.br/Acesso em> 24/04/2012.
Disponível em:< http://www.artigonal.com Acesso em:> 24/04/2012.
Disponível em:< http://www.pedagobrasil.com.br Acesso em:> 24/04/2012.
Demo, Pedro, 1941- Avaliação qualitativa, 7ª ed. rev. Campinas, SP: Autores Associados 2002, (Coleção Polemicas do nosso tempo: 25).
Demo, Pedro, 1941 - Educação e conhecimento: relação necessária, insuficiente e contravesa, Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
Demo, Pedro, 1941-Educar pela pesquisa, 2ª ed. Campinas, SP: Autores associados, 1997. -(Coleção educação contemporânea)
Demo, Pedro, Metodologia para quem quer aprender, São Paulo: Atlas, 2008.131p.

Componentes


Ednilvia Santos Alves Gonçalves
Florisceia Melo S. Carlomagno
Jerusa Lisboa Silva
Maria Lucia De O. Araujo
Norma Sueli Da Silva